Cada bebida tem uma forma de ser armazenada, seja em casa, ou em adegas, e todas essas exigências devem ser seguidas a risca para não alterar o seu sabor. Veja algumas dicas para armazenar a cachaça.
Como armazenar a cachaça
A cachaça é uma das bebidas mais fáceis de serem armazenadas. Diferente do vinho, ela não precisa ser deixada em um local ou posição muito específico. A luz também não influência muito na cachaça, mas é sempre bom evitar deixar qualquer bebida exposta ao sol.
A duração de armazenamento da cachaça é um ponto forte também. Ela pode ser mantida até 20 anos guardada, desde que em uma embalagem bem lacrada. Quando a garrafa é aberta e o líquido entra em contato com o oxigênio, seu sabor pode ser alterado.
Caso a garrafa já tenha sido aberta e você desejar guardar o que restou da cachaça, opte por garrafas de vidro e tampe bem, se possível com rolhas de cortiça. Você pode utilizar recipientes de plástico, mas desde que o armazenamento não seja prolongado, pois ele pode alterar o gosto da cachaça.
Mas é importante atentar para a temperatura. Não armazene sua cachaça durante longos períodos na geladeira nem em locais com temperatura muito elevada. É sempre bom procurar deixá-la em ambientes com temperatura ambiente para não causar nenhuma alteração.
Como funcionam os armazenamentos em barris
É possível também armazenar a cachaça em barris e tonéis de madeira. Mas é necessário prestar atenção na qualidade e no tipo de madeira utilizada. A cachaça é armazenada em barris de madeira para o seu envelhecimento, e o tipo de madeira influencia diretamente em características importantes da bebida como o sabor e a cor.
Veja os barris mais usados para o armazenamento da cachaça
Amburana: também conhecida como Imburana. Baixa a acidez e o teor alcoólico, deixando a cachaça mais suave.
Amendoim: madeira em extinção, hoje rara, de extração proibida ou controlada em lei, ainda encontrada no Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O amendoim baixa um pouco a acidez e o teor alcoólico da cachaça, mantendo o caráter e a integridade da bebida.
Angelim-araroba Bálsamo: também conhecida como angelim-côco. Amarela a cachaça dando-lhe o gosto acentuado da madeira. Árvore comum na Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Carvalho: madeira européia, usada na construção em geral e no envelhecimento de destilados e vinhos desde a Antiguidade. Existem cachaças maravilhosas envelhecidas no carvalho, de cor ouro claro, macias e levemente adocicadas.
Castanheira (castanheira-do-pará): considerada a madeira brasileira de propriedades mais próximas ao carvalho, cujos efeitos sobre a cachaça mais se assemelham à espécie européia. Bem utilizada, confere suavidade, leve gosto adocicado e cor amarelada à bebida.
Eucalipto: é a grande novidade dos estudos das universidades e instituições de pesquisa sobre o aproveitamento de madeiras nativas ou adaptadas às condições brasileiras. O eucalipto mostra resultados na cachaça semelhantes ao carvalho, restando ainda o aprofundamento nas análises químicas e sensoriais.
Grápia: madeira que, bem tratada e utilizada corretamente, é uma das melhores para o envelhecimento. Reduz a acidez e o teor alcoólico da cachaça, que fica mais leve e suave, mantendo sua cor original.
Ipê: o ipê é considerado árvore nacional de importância simbólica equivalente ao pau-brasil. Madeira que transforma muito a cachaça, que recebe tom alaranjado e maciez.
Jequitibá: madeira tão nobre quanto o amendoim para o envelhecimento da cachaça. A cachaça fica um pouco menos ácida e mais macia. Encontrada do nordeste ao sul do país.
Freijó: madeira que, curtida ou adequadamente tratada, equipara-se ao amendoim e ao jequitibá.
Fonte: blogdacachaça